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quinta-feira, 31 de março de 2011

BEIJAR NA BOCA É PECADO?

Será que beijar é pecado? porque Deus criaria algo que eu não posso desfrutar? 
Questões como essas permeiam a mente de muitos adolescentes; será que com você é assim também?Lendo este artigo você poderá encontrar as respostas para essas e outras perguntas... é muito interessante.

por Sérgio R. Ferreira

A revista Veja do dia 15 de agosto de 2001 relatou com ar de vitória a ocorrência do primeiro beijo homossexual da televisão brasileira. Aconteceu num programa apresentado pela modelo Fernanda Lima no dia 8 de agosto do mesmo ano. Veja abaixo um pedacinho da reportagem:

“...pela modelo Fernanda Lima. Na quarta-feira passada, o programa colocou no ar o primeiro beijo homossexual (e de língua) da televisão brasileira.”

Percebe-se, pela expressão entre parêntesis, que o beijo de língua é visto como uma modalidade especial de beijo e, nesse caso, tem uma conotação sexual. Significa um beijo malicioso, sedutor, íntimo, como se fosse um despertador dos instintos sexuais.

Tornou-se comum entre os adolescentes a moda do “ficar”, que quer dizer beijar na boca quantos caírem na rede, tendo-se a liberdade de passar pelo parceiro no outro dia como se nunca o tivesse visto antes. É uma curtição, sem compromisso, sem receios, sem preconceitos, sem cobrança.

Diante desse fato torna-se oportuno perguntar: o beijo na boca, um simples beijo, é pecado? Ao falarmos de pecado, muitas vezes pensamos apenas no plano físico, no plano da ação em si, contudo não se pode esquecer que o pecado também ocorre no plano emocional, no mental, e no aspecto intencional. É essa visão completa que está em vista.

Quando morava em Minas Gerais, dava aulas de Ensino Religioso para várias turmas de 5a a 8a séries. Certa vez, enquanto explicava que o Senhor Deus foi quem criou nosso corpo, fui interrompido por um aluno de uns treze anos, o qual levantou a mão e, no primeiro sinal de silêncio, detonou: “Pastor, beijar na boca é pecado? Antes que eu respondesse, ele emendou: “Se for..., sou o maior pecador da Lajinha!!”

Tal indagação parecia sincera. Ele estava incomodado com o fato de que era uma prática comum em sua vida de adolescente, e ele não via problemas, por isso questionava: “Como uma coisa tão boa poderia ser pecado?” Confesso que, a partir de então, comecei a pensar no assunto. 


Será que o objetivo do beijo tipo “desentupidor de pia” é fazer um carinho sem malícia? Normalmente tem o objetivo de seduzir, despertar paixão, provocar o sexo oposto, enaltecer minha imagem como “predador”... É possível que alguém diga que no seu caso é sem malícia, mas como controlar o que o outro sente? Você pode estar levando o outro a tropeçar, pois talvez ele ou ela não seja forte como você, e isso possa prejudicar a sua consciência (Marcos 9:42). “Como o louco que lança fogo e flechas de morte, assim é o homem que engana seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira” (Provérbios 26:18-19).

A Bíblia diz que sem lenha o fogo se apaga (Provérbios 26:20). O beijo não funcionaria como lenha numa fogueira que, depois de acesa, é difícil controlar? Mas eu sou crente, tenho o Espírito Santo e por isso tenho também domínio próprio - diz o adolescente. Mas isso o autoriza a brincar com o perigo?

Creio que esses são questionamentos honestos e úteis para os adolescentes cristãos. Não há um mandamento: Não beijarás. Mas é necessário pensar nas implicações de um beijo sensual, para uma vida de santidade. Convém ainda lembrar que o nosso corpo é templo do Espírito Santo. E ainda, que “cada um saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus, e que nesta matéria, ninguém ofenda (defraude) a seu irmão, porque o Senhor é contra todas essas coisas... “Porque Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação”

 (I Tessalonicenses 4:4-7). 

Finalmente, se você quer continuar beijando todas ou todos, pode-se dizer que você é um adolescente “adolequente”. Se quer correr o risco de levar sua liberdade até as últimas conseqüências, provavelmente será um “aborrecente”, mas se resolver temer e obedecer a Deus, refletindo melhor sobre as suas ações a fim de tomar mais cuidado nessa área, então provará que é verdadeiramente um ADOLECRENTE. Que Deus te abençoe.

quinta-feira, 17 de março de 2011

EMO, e-ma... Cada um com seu problema!

Por Sergio Ferreira

Andando por aí a gente encontra muita gente estranha. Na minha adolescência eu tinha medo de passar na praça depois de certa hora da noite, pois os punks estavam por ali e botavam banca de cruéis e punham muita gente pra correr. 


Era uma mistura de roqueiros, com figuras medievais. E naquele tempo em que ninguém falava em piercing, alguns deles já tinham alfinetes enfiados na barriga, no nariz e outras partes. Carregavam correntes com bolas de aço na ponta e usavam braceletes cheios de rebites, adornados com roupas totalmente rasgadas e de preferência pretas.

Eu já ouvia dizer que nos anos sessenta tinha surgido a moda hippie, e as pessoas pregavam a liberdade, sexo, drogas e rock`n roll.




O que dizer das patrícinhas dos anos 80? Também apareceram como uma influente moda jovem, e fazer pose de riquinho era o que dava Ibope. A “burguesada”, como era chamada, se divertia.

Outro grupo nesta mesma época clamava por uma sociedade alternativa, onde se podia tomar banho de chapéu ou esperar papai Noel. Era um grupo que cantava a plenos pulmões: “Faça o que tu queres pois é tudo da lei”!



Eu cresci, e nunca mais vi um punk na minha frente.  Mas ultimamente tenho visto e ouvido falar de uma nova tribo, a qual está invadindo as escolas, as ruas da cidade, e as igrejas.  Parece uma nova versão dos punks que eu conhecia. Eles curtem um tipo de rock hardcore, com letras melosas que fazem chorar. Usam franjas grandes, pintam os olhos de preto e fazem questão de expor sua sensibilidade, o que muitas vezes, os leva às lágrimas por qualquer motivo. São chamados de “emos”, uma abreviação da palavra em inglês emotional.




Os adolescentes dos anos 60 reclamavam do autoritarismo dos pais e da repressão à liberdade de expressão. Os jovens do século XXI reclamam da violência e do preconceito. A liberdade que não existia naquele tempo e que era requerida, hoje passou dos limites, fazendo com que doenças sexualmente transmissíveis se proliferem pelo mundo inteiro numa fração de segundo.

Diante de tudo isso, um refrão bem conhecido dos nossos adolescentes, bem poderia ser parafraseado assim: “Emo, e-ma, cada um com seus problemas”!

O fato é que todas as gerações tiveram seus problemas emocionais, familiares, sociais, e cada uma manifestava seu protesto da sua maneira. Mas tal comportamento era usado para “camuflar” o verdadeiro problema: o vazio espiritual. Era como se fosse uma fuga da realidade de que havia uma insatisfação dentro de suas almas. O vazio ainda existe, por isso, tribos e mais tribos haverão de surgir, porque o ser humano sente uma imensa necessidade de fazer algo ou seguir alguma ideologia para extravasar o seu “modo de ser”.

Entretanto, a paz interior que eles buscam nos modismos, nas crenças, nos gostos musicais, nos ídolos e nas manias, só pode ser encontrada num só lugar: Em Cristo Jesus. Ele é a nossa paz. Devemos viver para Ele. Isso me faz lembrar dos dizeres do apóstolo Paulo: Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro (Fp 1:21) , e: ... vivo não mas eu, mas Cristo vivo em mim, e esse viver que agora tenho na carne,  vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. (Gl 2:20). Eis a única maneira de viver que realmente vale a pena.

Para Refletir
Até que ponto a moda tem afetado meu modo de ser e viver?